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Um tal de Machado de Assis

Conversei com o Machado de Assis esses dias. Insistiu em me encontrar no dia 31 de Fevereiro, a agenda dele é meio estranha. Eu, mera estudante, estava precisando parar para pensar nas grandes mudanças que estão acontecendo com toda essa tecnologia dos dias de hoje e fui ao Rio de Janeiro tomar um sorvete com ele. Sentamos em um banquinho na praça, ao lado de um casal de velhinhos que estavam de namorico em um domingo à tarde (ele compartilhou um sorriso com eles). Enquanto eu ia degustando meu sorvete, ele foi me contando sobre seus romances, lembrando de suas poesias. Foi o sorvete mais doce que já experimentei. Finalizou com essa: “Eu gosto de olhos que sorriem, de gestos que se desculpam, de toques que sabem conversar e de silêncios que se declaram.”. Nesse momento era eu quem estava sorrindo para o casal de velhinhos. No decorrer da conversa, toquei no assunto sobre o tal relacionamento virtual que surgiu nesses tempos para cá. Aliás, tive que balancear minhas palavras em nossa

"Faça um poema sobre a sua personalidade"

É isso mesmo? Sobre uma coisa eu tenho certeza Fazer perguntas é a essência Eu te amo, mas não sei o quanto. Ou será que eu não te amo? Não! Isso deve ser fraqueza. Quando você mente Eu me perco na ilusão de te achar decente. Não tem cura pra toda essa loucura? Será mesmo que sou louca? Deveria gritar até ficar rouca Valorizariam mais o sentimento Acabaria todo esse sofrimento Mas eu estou sofrendo? Incerteza de te amar Decisão de te esquecer E eu continuo me cercando Em perguntas até morrer Acho que eu amo você...

Proposta de redação: Amizade

Falar sobre amizade parece algo comum demais, pelo menos para mim. Realmente, não tem graça falar sobre isso, assunto comum e óbvio. Pessoas não sobrevivem sozinhas pelo único fato de não conseguir fazer nada sem ter uma base afinal, o que é certo e o que é errado? Se não tiver alguém para colocar ou tirar seus limites, você não faz nada. Pode até fazer, não estou tirando sua capacidade de tomar decisões e sim, mostrando que, primeiro, alguém tem que te mostrar como se faz isso. O primeiro contado social que temos é com a família e é exatamente essas pessoas que vão dizer o certo e o errado, a cultura do ambiente o qual você fará parte e quem é você. A questão é que o tempo passa e, por mais óbvia que essa frase seja, assim como esse assunto, sabemos que é inevitavelmente necessário que nos adaptemos a isso. Sua existência torna-se meramente desconsiderada pela sociedade até você interagir socialmente com ela e, quando menos espera, está se comunicando. Comunicação gera a tal da ami

Complicação insubstituível

Insubstituível, isso não existe. Por mais duro que seja dizer isso, ouvir isso, é a mais pura verdade. É inevitável, você substitui coisas, gostos, ideias, amigos, pessoas, pessoas... Enquanto está vivendo algo, você pensa em nunca abandonar, você deixa ser dominado por um órgão oco que tem como função bombear um líquido que chamam de sangue de forma que isso faça você viver. Complexo, não é? Como assim você muda sua forma de pensar, algo que vem de impulsos nervosos, através de algo "oco" que só faz esse sangue circular? O racional se torna, se torna, se torna o que? Por um momento, a decisão está tomada e você tem algo certo na mente, algo que pensou e disse que não vai acontecer e...aconteceu. Essa semana me disseram que eu penso muito. Pensar muito era a última coisa que eu imaginei que seria um problema. O problema é que a maioria não pensa então você acaba se tornando alguém diferente, será que é isso? Não digo que as pessoas são ignorantes porque todos nós somos, mas

Ponto de interrogação

Quantas vezes comecei a escrever e apaguei com medo, com receio e sem motivos. Queria poder te dizer as várias vezes que cliquei em seu nome esperando que saísse alguma palavra espontânea, sem ter que pensar muito, sem ter que ficar esperando loucamente sua resposta. Sim, algumas poucas vezes eu conseguia e são dessas que me arrependo. Você diz coisas que eu, por mais tola que seja, sei que são só palavras e por trás disso só há um grande e vazio espaço. Por que, nessas poucas e simples palavras suas, eu não consigo acreditar e me cerco ainda mais com as minhas perguntas desnecessárias? Eu me cerco com aquilo que acho que passa por sua cabeça, mas será que passa? Será que o que você diz realmente é verdade e que você sente minha falta, que quer me ver? Não, sei que não. Se o pingo de esperança que ainda resta em mim respondesse, diria que eu poderia continuar correndo atrás, que eu poderia e deveria mandar uma sms pra você perguntando se você está por perto. Depois de muita provocação

Quem se importa...

Assim como eu, sei que tem muita gente por aí que demonstra o que sente através de palavras. Percebi que quando eu falo com alguém sobre o que há dentro de mim, acabam não entendendo, distorcem tudo o que eu disse e começam a me olhar com outros olhos. É exatamente isso que me fez tentar de outra maneira, dessa maneira. As pessoas falam, falam, falam. Mas será que acabam dizendo o que realmente planejaram dizer? A dificuldade acaba se tornando, muitas vezes, em uma pequena fama de que você não tem sentimentos, de que você não se importa. Confesso que erro muito em relação a isso. Costumo pensar coisas das pessoas sem ao menos deixá-las tentar se expressar melhor, é natural, porém há muitas delas que nem se esforçam para isso. Elas falam coisas pequenas como se estivessem fazendo o mínimo, nada que diferencie elas do resto do mundo, e acabam persistindo na ideia de que ninguém quer enxergá-las. Por que? Por que não tentar demonstrar de outras maneiras? Mesmo que seja difícil dizer, ten

Caras e Bocas

É engraçado ver o modo como cada um age, com suas próprias diferenças, suas caras. A pessoa mostra aos outros apenas uma. Mal sabe ela as mil que tem. Não quero, nem estou, dando indiretas aqui, até porque todos nós somos assim e tenho consciência disso. Minhas amigas falam que eu sou toda meiguinha, que faz o melhor pra todos, sem maldade. Realmente, faço. Se alguém chega perto, sorriso. Se alguém chora, eu pergunto pra poder ajudar. PORÉM tem hora que eu penso se eu preciso mesmo fazer aquilo ou se é só ignorar. Esses dias eu confirmei que uma menina me irrita profundamente, não pelo o que faz comigo, e sim pelos outros. Se eu falo mal dela? Dá até dó. Ah, quem não fala mal, né? Fico irritada, não quero papo com ela, não preciso dela. Mas se uma hora ela vier falar comigo, me dar um simples 'bom dia', me pedir algo emprestado.. eu respondo, dou bom dia e empresto. Dá pra entender? É errado fazer isso? Podem até me achar falsa por isso, mas eu faço isso como se eu não ti